2 de nov. de 2011

PONTO DE TECER POESIA (1)



Era uma vez um rato,
rato-ratinho-roedor,
que roeu toda a poesia
que uma fada fazia
em noite enluarada.
Pobre fada!
Aí, chegou Dona Estrela
e beliscou aquele rato
com uma ponta bem aguda,
da sua unha de estrela,
vermelha.
O rato gritou, sofrido.
A fada teve um desmaio.
A estrela foi pra China,
e da poesia
eu caio.

Sylvia Orthof

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